7 de out. de 2025
Você se lembra daquele momento em que o intervalo comercial era tão bom (ou até melhor) quanto o programa que estava assistindo? A publicidade brasileira tem um talento especial para isso. Longe de serem meros anúncios de venda, nossos comerciais de TV se tornam fenômenos culturais, gerando memes, debates e, o mais importante, uma conexão emocional duradoura entre as marcas e o público.
Nos últimos anos, assistimos a uma verdadeira evolução na forma de comunicar, onde a ousadia criativa se tornou a chave para conquistar a atenção do telespectador, cada vez mais disperso.
Abaixo, mergulhamos em três exemplos marcantes que provam que uma boa ideia pode fazer toda a diferença.
1. Volkswagen 70 anos – Gerações

Quando a Volkswagen decidiu celebrar sete décadas no Brasil, ela não mostrou só carros: mostrou tempo, legado e emoção. No comercial, Elis Regina ressuscitada por deepfake divide a tela com sua filha, Maria Rita, em um dueto de "Como Nossos Pais".
Tocou em memórias afetivas, explorando a nostalgia como ponte com a inovação. O uso ético da tecnologia gerou um debate intenso e ampliou o alcance da campanha, provando que marcas que se posicionam culturalmente ganham espaço no coração (e na conversa) do público.
2. Itaú – A Força da Humanidade

Enquanto bancos falavam de taxas e produtos, o Itaú falou de valores. Em suas campanhas de fim de ano, a presença da menina Alice já conhecida pelo vocabulário avançado ao lado de Fernanda Montenegro encantou o Brasil com mensagens sobre respeito, esperança e humanidade.
Fez da TV um espaço de inspiração. O público esperava por esses filmes como se fossem episódios especiais. Foi um exemplo de como a televisão ainda pode emocionar e vender, “sem vender”.
3. Nissan do Brasil – Pôneis Malditos

Um verdadeiro ícone da publicidade viral no início da década. Para vender a picape Frontier, a Nissan abandonou a seriedade do segmento e abraçou o humor absurdo. O comercial dos "Pôneis Malditos" que cantavam um jingle grudento sobre a robustez do veículo foi um fenômeno imediato.
Foi uma quebra de expectativa total. Enquanto a concorrência falava de potência e força de forma tradicional, a Nissan apostou em um jingle simples e contagiante, feito sob medida para ser compartilhado. O público se lembrava da música e do comercial muito mais do que das especificações técnicas, garantindo um altíssimo recall da marca.
4. Dolly Guaraná

Nem todo case marcante precisa de tecnologia de ponta ou celebridades. O Dolly Guaraná é a maior prova disso. Com mascote carismático, estética simples e jingles repetitivos, a marca cravou seu espaço na cultura pop brasileira.
Investiu em frequência, linguagem acessível e identidade própria. A fórmula era básica, mas a estratégia, certeira.
Afinal, o que faz um comercial de TV ser memorável?
Emoção: As pessoas esquecem a oferta, mas lembram do que sentiram.
Compartilhabilidade: Uma ideia boa demais para ficar só na TV.
Posicionamento: Quando a marca se posiciona sobre algo, ela cria identidade.
Qual outro comercial você acredita que acertou na estratégia e se tornou inesquecível?